Introdução

Os jovens estão cada vez mais ansiosos para encontrar seu lugar no mundo, e um projeto de empreendedorismo na escola surge como uma resposta a esse desafio, proporcionando ferramentas que vão muito além das salas de aula tradicionais. 

Entre 2012 e 2023, o empreendedorismo jovem no Brasil avançou 25,6%, de acordo com estudo internacional em parceria com o Sebrae. Segundo o Global Entrepreneurship Monitor, cerca de oito milhões de jovens brasileiros, com faixa etária entre 18 e 24, já possuem o seu próprio negócio.

Quando escolas integram o empreendedorismo em seus currículos, elas estão fomentando o protagonismo juvenil e dando aos alunos a oportunidade de transformar ideias em realidade. Continue sua leitura e entenda a importância de um projeto de empreendedorismo na escola!

Como implementar um projeto de empreendedorismo na escola?

A magia do empreendedorismo nas escolas acontece quando passamos da teoria para a prática, criando ambientes em que os alunos realmente experimentam o que é empreender. 

Quem nunca ouviu falar que os jovens de hoje são os líderes de amanhã? Implementar iniciativas empreendedoras no ambiente escolar requer planejamento e metodologias adequadas à faixa etária dos estudantes.

1. Integração do empreendedorismo no currículo

Um projeto de empreendedorismo na escola começa com sua integração natural no currículo existente. Para tanto, é vital que a direção e os professores trabalhem juntos para mapear os pontos de conexão entre as disciplinas regulares e os conceitos empreendedores.

O primeiro passo consiste em identificar habilidades empreendedoras que já se alinham com os objetivos educacionais atuais. Neste contexto, competências como resolução de problemas, pensamento crítico e trabalho em equipe se encaixam perfeitamente.

Imagine transformar uma aula de matemática em uma oportunidade para calcular custos e lucros de um negócio hipotético. A inserção gradual permite adaptações e ajustes conforme o feedback de alunos e professores. Por sua vez, a documentação dessas experiências cria um banco de práticas que pode ser compartilhado e aprimorado com o tempo.

2. Metodologias ativas e práticas

Os projetos de empreendedorismo na escola ganham vida quando são utilizadas metodologias ativas. Estas abordagens colocam o aluno como protagonista da sua aprendizagem, transformando ideias em ações concretas.

O design thinking, por exemplo, ensina os estudantes a identificar problemas reais e buscar soluções inovadoras. Já que estamos falando de prática, que tal propor desafios baseados em problemas da própria comunidade escolar?

Outra técnica poderosa é o aprendizado baseado em projetos. Nesse sentido, os alunos desenvolvem um produto ou serviço do zero, passando por todas as etapas: da concepção à apresentação final.

A gamificação também tem seu lugar, transformando conceitos de negócios em jogos e brincadeiras envolventes. Com isso, aprender sobre gestão, marketing ou finanças se torna uma experiência lúdica e memorável.

3. Integração do empreendedorismo em diferentes disciplinas

Primeiramente, a beleza de um projeto de empreendedorismo na escola está na sua versatilidade. Ele pode se infiltrar em praticamente todas as matérias. Nas aulas de matemática, os conceitos de porcentagem e estatística ganham vida ao calcular margens de lucro e analisar dados de mercado adaptados ao ano escolar. 

A história permite explorar, por exemplo, a evolução do empreendedorismo através dos tempos e seu impacto social. Além disso, as aulas de artes podem se tornar um laboratório para criação de logos, embalagens e identidades visuais para os negócios fictícios dos estudantes. Em ciências, os projetos podem focar em soluções sustentáveis ou tecnológicas.

A interdisciplinaridade é primordial, um único projeto empreendedor pode mobilizar conhecimentos de diferentes áreas simultaneamente.

4. Feiras de empreendedorismo na escola

As feiras podem ser tornar o coração pulsante de um projeto de empreendedorismo na escola. Elas transformam o aprendizado teórico em experiência prática, permitindo que os alunos apresentem seus negócios para uma audiência real.

Para tanto, a preparação para uma feira pode começar com pelo menos dois meses de antecedência. Os estudantes precisam desenvolver produtos ou serviços, criar materiais de marketing e preparar apresentações convincentes. 

5. Projetos de negócios em grupo

A colaboração é a alma de um projeto de empreendedorismo na escola. Trabalhar em equipe simula o ambiente real de negócios, e raramente alguém empreende sozinho. Por isso, os grupos devem ser formados estrategicamente, misturando alunos com diferentes habilidades e perfis.

Imagine transformar uma sala de aula em uma pequena incubadora de ideias. Para ilustrar, em 2024, o projeto “Os Twelve” em Campo Alegre, Santa Catarina, teve como objetivo desenvolver uma mentalidade empreendedora nos alunos. Essa foi uma iniciativa desenvolvida na Escola de Educação Básica Paulo Fuckner.

Os alunos do 7º ano trabalharam em grupos, desenvolvendo habilidades essenciais como gestão de tempo, precificação de produtos, gerenciamento empresarial, entre outras questões. Eles conceberam uma microempresa dedicada à produção de chaveiros ecológicos, confeccionados a partir de restos de lã provenientes de suas próprias residências ou de doações.

Para implementar um projeto de empreendedorismo na escola, comece dividindo os alunos em equipes de 4 a 5 integrantes, cada uma responsável por desenvolver um mini-negócio. Cada grupo deve identificar um problema real da comunidade escolar e propor uma solução viável.

Em seguida, os grupos podem se preparar para apresentar suas ideias em uma feira de empreendedorismo, estruturada com uma competição de pitches.

6. Adoção do programa Jovens for Schools

O programa Jovens for Schools representa uma solução estruturada para escolas que buscam implementar um projeto de empreendedorismo com metodologia já validada e seguindo as diretrizes da BNCC. 

Não se trata apenas de um projeto, e sim um programa que integra uma formação 3 em 1, incluindo Educação Empreendedora, Financeira e Socioemocional.

Com material didático voltado para essas habilidades, treinamento para professores e uma plataforma digital que pode ser acessada por educadores e a família, a adoção desse modelo de ensino possibilita a implementação de metodologias atualizadas desde a educação infantil até o ensino médio.

A boa notícia é que a adaptação deste programa é flexível às necessidades específicas de cada instituição. Uma escola pode, por exemplo, iniciar com turmas piloto antes de expandir para todas as séries. Embora seja um programa externo, os educadores têm liberdade para ajustá-lo à realidade local, o que torna a experiência empreendedora na escola muito mais relevante.

Projeto de Empreendedorismo na Escola: Conclusão

Um projeto de empreendedorismo na escola vai além das teorias e conecta os alunos ao mundo real. Por meio dessas iniciativas, os estudantes desenvolvem habilidades como criatividade, trabalho em equipe e resiliência, preparando-se para os desafios futuros. Além disso, tais projetos incentivam a autonomia e o protagonismo juvenil, elementos muito valorizados no mercado atual. 

Consequentemente, as escolas que implementam o empreendedorismo em seu currículo formam não apenas alunos com conhecimentos acadêmicos, mas cidadãos capazes de transformar ideias em realidade. Então, aproveite para acessar a página inicial e conheça o programa Jovens for Schools! Para acompanhar conteúdos relacionados, conheça nosso Instagram.