Socioemocional

5 problemas que podem afetar os adolescentes na escola

Postado em: 20/12/2024

Tempo de leitura: 6 minutos.

A adolescência é uma fase marcante do desenvolvimento humano, caracterizada por profundas mudanças físicas, emocionais e sociais. Esse período, embora cheio de oportunidades para o crescimento pessoal, também traz desafios que podem impactar significativamente o desempenho acadêmico e o bem-estar emocional dos jovens. 

Na escola, local onde os adolescentes passam boa parte do tempo, esses desafios se tornam ainda mais evidentes. Este artigo explora as particularidades da adolescência e os principais problemas que podem surgir, mostrando como é essencial apoiar os jovens nessa jornada.

Os desafios da adolescência na escola

A adolescência é marcada por uma combinação única de transformações biológicas e psicológicas. Alterações hormonais intensas geram mudanças físicas que podem ser desconfortáveis, como o crescimento acelerado e a acne, além de provocar variações de humor. No campo psicológico, os adolescentes enfrentam uma busca intensa por identidade e autonomia, questionando regras, valores e expectativas criadas por suas famílias, professores e pela sociedade.

No ambiente escolar, esses desafios se tornam ainda mais complexos. A escola, que deveria ser um espaço de aprendizado e desenvolvimento, pode se transformar em um palco de pressão social, disputas de popularidade e cobranças acadêmicas. Esse cenário frequentemente resulta em estresse, ansiedade e conflitos, prejudicando não apenas o desempenho acadêmico, mas também a saúde mental e emocional dos estudantes.

Para lidar com essas dificuldades, é crucial que a escola compreenda as especificidades dessa fase e ofereça apoio com estratégias voltadas para o desenvolvimento socioemocional. Isso é essencial para ajudar os adolescentes a enfrentar as adversidades com confiança e equilíbrio.

5 problemas comuns que afetam os adolescentes na escola

Entender os problemas mais comuns que afetam a adolescência é essencial para que escolas e famílias possam oferecer suporte adequado, ajudando os jovens a superar as dificuldades e alcançar seu pleno potencial. A seguir, destacamos cinco dos principais problemas enfrentados pelos adolescentes na escola e suas implicações.

1. Ansiedade e depressão

O aumento das expectativas acadêmicas e sociais tem levado a níveis alarmantes de ansiedade e depressão entre os adolescentes. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que 3,6% dos jovens de 10 a 14 anos e 4,6% dos de 15 a 19 anos sofram de um transtorno de ansiedade. Já a depressão afeta cerca de 1,1% dos adolescentes de 10 a 14 anos e 2,8% entre 15 e 19 anos. 

A pressão para obter boas notas, as comparações constantes — especialmente nas redes sociais — e a falta de tempo para relaxamento criam um ambiente propício ao desenvolvimento de problemas emocionais. Sem o devido suporte, esses jovens podem se sentir sobrecarregados e desmotivados, comprometendo não apenas o desempenho escolar, mas também os relacionamentos, a convivência familiar e sua saúde a longo prazo.

2. Bullying e cyberbullying

O bullying é um problema antigo, mas que continua a afetar negativamente milhões de adolescentes em todo o mundo. Com o avanço da tecnologia, essa forma de agressão ganhou um novo formato: o cyberbullying. Nesse contexto, os jovens enfrentam críticas, humilhações e exclusões que se estendem para além das paredes da escola, invadindo suas vidas por meio das redes sociais.

A vítima de bullying ou cyberbullying pode apresentar mudanças comportamentais significativas, como isolamento, queda no desempenho escolar, baixa autoestima e até mesmo pensamentos suicidas. Combater essa prática exige esforços conjuntos de escolas, famílias e da sociedade, promovendo ambientes mais acolhedores e inclusivos.

3. Conflitos interpessoais

Durante a adolescência, os jovens se envolvem intensamente em relações sociais, construindo amizades e lidando com desentendimentos. Esses conflitos são comuns e fazem parte do desenvolvimento, mas podem se tornar um problema quando afetam o clima escolar e o bem-estar emocional dos estudantes.

Fatores como dificuldades na comunicação, baixa empatia e impulsividade podem agravar esses conflitos, gerando brigas, exclusões ou alianças tóxicas. Ensinar os adolescentes a lidar com as diferenças e a resolver problemas de maneira construtiva é essencial para evitar que essas questões comprometam a convivência no ambiente escolar.

4. Uso excessivo de tecnologia e redes sociais

Embora a tecnologia seja uma ferramenta poderosa, o uso excessivo de dispositivos digitais tem sido apontado como um fator que prejudica o desempenho escolar. O acesso constante a redes sociais e jogos on-line reduz o tempo dedicado ao estudo e ao descanso, além de dificultar a concentração em sala de aula.

Além disso, o consumo exagerado de conteúdos digitais pode impactar a saúde mental dos adolescentes, causando ansiedade, insônia e uma percepção distorcida da realidade. É papel da escola e da família orientar os jovens para que utilizem a tecnologia de forma equilibrada, aproveitando seus benefícios sem comprometer outros aspectos de suas vidas.

5. Insegurança e timidez

A insegurança e a timidez são características comuns durante a adolescência e, embora façam parte do desenvolvimento, podem se transformar em barreiras significativas no ambiente escolar. Jovens tímidos frequentemente enfrentam dificuldades para participar de atividades em grupo, apresentar trabalhos ou até mesmo fazer perguntas em sala de aula. Esse comportamento pode comprometer o desempenho acadêmico, limitar a interação com colegas e dificultar a formação de vínculos importantes para o desenvolvimento social.

Por outro lado, a insegurança está frequentemente ligada à baixa autoestima e ao medo de julgamento, sentimentos que podem ser agravados pela pressão por resultados e pelas comparações com colegas. Esses fatores levam muitos adolescentes a se retraírem, evitando interações sociais e oportunidades de aprendizado. Para ajudar os jovens a superar esses desafios, as escolas devem criar ambientes acolhedores que valorizem a individualidade e incentivem a autoconfiança.

Educação socioemocional como aliada dos adolescentes

A educação socioemocional é uma abordagem essencial no desenvolvimento integral dos estudantes, especialmente durante a adolescência. Este método vai além do ensino acadêmico tradicional, focando no desenvolvimento de competências e habilidades que ajudam os jovens a enfrentar desafios, lidar com suas emoções e construir relacionamentos saudáveis. Em um período marcado por mudanças intensas, como a adolescência, essas habilidades são fundamentais para garantir a saúde emocional e o sucesso escolar. Veja algumas destas habilidades e como elas ajudam os adolescentes:

  • Autoconhecimento: ajuda os adolescentes a compreenderem suas emoções, reconhecendo seus pontos fortes e focos de melhoria.
  • Gestão das emoções: capacita os jovens a lidarem com estresse, frustrações e conflitos de forma mais saudável.
  • Empatia e habilidades sociais: promove o respeito às diferenças e melhora a qualidade das interações interpessoais.
  • Tomada de decisão responsável: auxilia na avaliação das consequências de suas escolhas, incentivando comportamentos positivos.

Além de apoiar os desafios imediatos, a educação socioemocional também prepara os adolescentes para o futuro. Habilidades como pensamento crítico, colaboração e adaptabilidade são altamente valorizadas no mercado de trabalho e na vida adulta. Ao incluir essas competências no currículo escolar, as escolas contribuem para a formação de cidadãos mais responsáveis, resilientes e preparados para lidar com as demandas de um mundo em constante transformação.

A adolescência é uma fase repleta de desafios, especialmente no ambiente escolar. Problemas como ansiedade, bullying, conflitos interpessoais, uso excessivo de tecnologia, insegurança e timidez são comuns e podem impactar significativamente o desempenho acadêmico e o bem-estar dos jovens. Nesse contexto, a educação socioemocional se apresenta como uma solução eficaz para enfrentar esses desafios. Ao desenvolver habilidades como autoconhecimento, empatia e gestão das emoções, os adolescentes se tornam mais preparados para lidar com as adversidades de forma saudável.

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